Quantos Gols Tem Roberto Carlos: A História Completa do Lateral Mais Ofensivo da História
Quando pensamos em laterais artilheiros no futebol mundial, um nome brilha com intensidade única: Roberto Carlos. O lendário lateral-esquerdo brasileiro não apenas revolucionou sua posição em campo, mas também desafiou todas as estatísticas convencionais ao marcar uma impressionante quantidade de gols ao longo de sua extraordinária trareira. Mas afinal, quantos gols tem Roberto Carlos? A resposta pode surpreender até os fãs mais fervorosos do futebol.
Com uma carreira que atravessou continentes e conquistou os principais títulos do futebol mundial, Roberto Carlos da Silva Rocha marcou impressionantes números que vão além do que tradicionalmente se espera de um defensor. Entre fontes oficiais e registros históricos, os números variam entre 113 e 127 gols em aproximadamente 1.116 partidas disputadas ao longo de sua carreira profissional. Essa diferença acontece porque alguns registros contabilizam apenas jogos oficiais, enquanto outros incluem amistosos e partidas comemorativas. Independente da contagem exata, uma coisa é incontestável: pouquíssimos defensores na história alcançaram marca tão expressiva.
O Fenômeno do Chute de Canhota Mais Temido do Futebol
A história de Roberto Carlos e seus gols está intimamente ligada ao seu chute absolutamente devastador. Nascido em Garça, interior de São Paulo, em 10 de abril de 1973, o baixinho de apenas 1,68m de altura compensava sua estatura com uma perna esquerda capaz de gerar uma potência impressionante. Seus disparos chegavam a alcançar velocidades superiores a 140 km/h, transformando cada cobrança de falta em um momento de tensão absoluta para goleiros adversários.
O poder de fogo do lateral brasileiro não era apenas questão de força bruta, mas de técnica refinada e efeito impossível de prever. A física por trás de seus chutes se tornou objeto de estudo em universidades, especialmente após o famoso "gol impossível" contra a França em 1997, quando a bola descreveu uma trajetória curva que desafiou a lógica e deixou o goleiro Fabien Barthez completamente perdido. Aquele gol, marcado em um amistoso no Torneio da França, atingiu 137,2 km/h e se tornou um dos momentos mais icônicos da história do esporte.
Das 127 gols estimados em toda sua carreira, aproximadamente 38 foram marcados em cobranças de falta. Isso significa que cerca de 30% de todos os tentos de Roberto Carlos vieram de bola parada, um percentual extraordinário que demonstra sua especialização nessa arte. Curiosamente, apenas três gols em toda sua carreira foram marcados de cabeça, mostrando que sua altura não o impedia de ser letal, mas que seus pés eram definitivamente suas armas mais poderosas.
Real Madrid: O Auge Artilheiro de um Lateral Lendário
Foi no Real Madrid que Roberto Carlos alcançou o auge de sua produção ofensiva. Entre 1996 e 2007, o brasileiro vestiu a camisa merengue em 527 jogos oficiais, marcando entre 67 e 71 gols, dependendo da fonte consultada. Esses números são simplesmente extraordinários para um lateral-esquerdo e colocam Roberto Carlos em um patamar único na história do clube espanhol.
Durante sua passagem de onze anos pelo Santiago Bernabéu, o brasileiro se tornou parte da era dos "Galácticos", jogando ao lado de estrelas como Zinédine Zidane, Ronaldo Fenômeno, Luís Figo, David Beckham e Raúl. Nesse período glorioso, ele não apenas contribuiu defensivamente, mas se transformou em uma verdadeira ameaça ofensiva pelo corredor esquerdo. Suas arrancadas explosivas da defesa até o ataque adversário se tornaram sua marca registrada, assim como suas chegadas na área para finalizar jogadas elaboradas.
Um dos momentos mais memoráveis dessa fase foi o "gol impossível" contra o Tenerife, em 1997, quando Roberto Carlos cobrou uma falta a 179 graus da linha de fundo e acertou um chute potente que enganou completamente o goleiro adversário. Além disso, sua participação nas três conquistas da Liga dos Campeões pelo Real (1997-98, 1999-00 e 2001-02) foi fundamental, sempre aparecendo em momentos decisivos, seja com assistências precisas ou com gols importantes.
No Real Madrid, Roberto Carlos também estabeleceu recordes de longevidade, tornando-se o estrangeiro com mais partidas pelo clube na época, marca que posteriormente seria superada por Marcelo, outro brasileiro que seguiu seus passos na lateral esquerda. Sua consistência ao longo de mais de uma década no clube demonstra não apenas sua qualidade técnica, mas também sua capacidade física excepcional e profissionalismo exemplar.
A Trajetória pelos Clubes Brasileiros e Europeus
Antes de brilhar no Real Madrid, Roberto Carlos construiu uma base sólida no futebol brasileiro. Sua carreira profissional começou no União São João de Araras, em 1988, quando tinha apenas 16 anos. Mas foi no Palmeiras, entre 1993 e 1995, que o jovem lateral realmente despontou para o cenário nacional e internacional. Durante seus 186 jogos pelo clube alviverde, Roberto Carlos marcou 18 gols e conquistou títulos importantes, incluindo dois Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994) e dois Campeonatos Paulistas.
No Palmeiras, jogando ao lado de craques como Rivaldo, César Sampaio, Edmundo e Evair, Roberto Carlos aprendeu o que significava vestir a camisa de um grande clube e lidar com a pressão de uma torcida apaixonada. Foi nesse período que desenvolveu seu estilo ofensivo característico, equilibrando as responsabilidades defensivas com incursões audaciosas ao ataque. Seus gols de falta já chamavam atenção, e logo os olheiros europeus estavam de olho no talentoso lateral brasileiro.
Em 1995, após sua explosão no futebol brasileiro, Roberto Carlos foi contratado pela Internazionale de Milão por cerca de 7 milhões de dólares, uma quantia considerável para a época. Na Inter, mesmo em apenas uma temporada, o brasileiro disputou 34 jogos e marcou 7 gols impressionantes. Apesar de sua altura não convencional para os padrões europeus inicialmente gerar ceticismo, seu desempenho rapidamente calou os críticos. Sua única temporada no futebol italiano foi suficiente para despertar o interesse de gigantes ainda maiores.
Foi então que Fabio Capello, na época técnico do Real Madrid, pediu especificamente a contratação do lateral brasileiro. A transferência foi concretizada por 3,5 milhões de euros, e assim começou a fase mais gloriosa da carreira de Roberto Carlos. Após deixar o Real em 2007, aos 34 anos, ele ainda teve passagens produtivas pelo Fenerbahçe da Turquia (2007-2009), onde marcou 10 gols e ajudou o clube a alcançar as quartas de final da Liga dos Campeões, pelo Corinthians (2010-2011), marcando 5 gols em 64 jogos, e pelo Anzhi Makhachkala da Rússia (2011-2012), onde encerrou sua carreira como jogador aos 39 anos.
Roberto Carlos na Seleção Brasileira: Gols que Marcaram Épocas
Vestindo a amarelinha da Seleção Brasileira, Roberto Carlos disputou 125 a 128 jogos (os números variam conforme a fonte) e marcou 11 gols ao longo de sua carreira internacional. Embora esse número possa parecer modesto em comparação com atacantes, é extraordinário para um lateral-esquerdo e reflete sua importância ofensiva para a equipe nacional.
Sua estreia pela Seleção aconteceu em fevereiro de 1992, quando tinha apenas 18 anos, em um amistoso contra os Estados Unidos. Na época, Roberto Carlos ainda tinha cabelos longos, imagem bem diferente do careca que se tornaria sua marca registrada. Ao longo de sua carreira com a amarelinha, participou de três Copas do Mundo consecutivas (1998, 2002 e 2006), sempre como titular absoluto.
O ápice de sua trajetória pela Seleção foi sem dúvida a conquista do pentacampeonato mundial em 2002, no Japão e Coreia do Sul. Naquela campanha memorável, sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, Roberto Carlos foi uma peça fundamental, equilibrando perfeitamente suas funções defensivas com apoio ofensivo. Embora não tenha marcado nenhum gol durante aquele Mundial, sua presença constante no corredor esquerdo, suas cobranças de falta perigosas e sua liderança dentro de campo foram essenciais para o título. Ele foi eleito para a seleção ideal da Copa pela FIFA e terminou em segundo lugar na votação da Bola de Ouro.
Além da Copa de 2002, Roberto Carlos também conquistou outras competições importantes com a Seleção: duas Copas América (1997 e 1999) e a Copa das Confederações de 1997. Em todas essas conquistas, seus gols e assistências foram peças-chave. Um dos seus gols mais lembrados pela Seleção foi justamente aquele contra a França em 1997, que se tornou um dos chutes mais estudados e celebrados na história do futebol mundial.
Os Gols de Falta: A Especialidade que Definia um Estilo
Quando falamos sobre quantos gols tem Roberto Carlos, é impossível não destacar sua maestria nas cobranças de falta. Dos aproximadamente 127 gols marcados em sua carreira, 38 vieram de bola parada, representando cerca de 30% de sua produção total. Esse percentual é simplesmente excepcional e coloca o brasileiro entre os maiores cobradores de falta da história do futebol.
O que tornava Roberto Carlos tão letal nas cobranças de falta era a combinação perfeita de potência, efeito e imprevisibilidade. Seu chute não apenas era extremamente forte, mas a forma como aplicava efeito na bola criava trajetórias que desafiavam goleiros e, às vezes, até as próprias leis da física. A famosa "folha seca" brasileira era executada por Roberto Carlos com maestria incomparável, fazendo a bola subir rapidamente e depois cair de forma abrupta, muitas vezes surpreendendo completamente os arqueiros adversários.
O ritual de cobrança de falta de Roberto Carlos se tornou icônico: a corrida característica, a inclinação do corpo, a forma como posicionava o pé de apoio e finalmente o impacto devastador com a perna esquerda. Goleiros ao redor do mundo temiam enfrentar uma cobrança de falta do lateral brasileiro, especialmente quando posicionada entre 25 e 35 metros do gol. Essa era sua zona preferencial, onde conseguia combinar potência máxima com precisão mortal.
Além do famoso gol contra a França, outros tentos memoráveis de falta marcaram sua carreira: gols decisivos em clássicos pelo Real Madrid, cobranças espetaculares em jogos da Liga dos Campeões e faltas convertidas em momentos cruciais pela Seleção Brasileira. Cada uma dessas cobranças não apenas acrescentava números à sua conta pessoal, mas também contribuía significativamente para as conquistas coletivas de suas equipes.
O Impacto dos Gols na Revolução da Posição de Lateral
Os gols de Roberto Carlos tiveram um impacto que transcendeu os números individuais e revolucionou completamente a forma como o futebol mundial enxerga a posição de lateral-esquerdo. Antes da era de Roberto Carlos, laterais eram vistos primordialmente como jogadores defensivos, cuja função principal era proteger o corredor e eventualmente apoiar o ataque. O brasileiro mudou completamente esse paradigma.
Com sua capacidade goleadora excepcional, Roberto Carlos demonstrou que um lateral poderia ser tão decisivo ofensivamente quanto um meio-campista ou atacante. Seus números ofensivos forçaram treinadores ao redor do mundo a repensar suas táticas, buscando laterais que pudessem contribuir não apenas na criação, mas também na finalização de jogadas. Isso abriu caminho para toda uma geração de laterais ofensivos que vieram depois dele.
Jogadores como Dani Alves, Marcelo, Jordi Alba, Andrew Robertson e Trent Alexander-Arnold devem muito ao legado deixado por Roberto Carlos. Todos esses laterais modernos, conhecidos por suas contribuições ofensivas significativas, seguem um modelo que o brasileiro ajudou a estabelecer. A ideia de que um lateral pode marcar 10, 15 ou até mais gols em uma temporada não era algo comum antes da era Roberto Carlos, mas hoje é algo que se espera dos melhores da posição.
Além disso, seus gols inspiraram mudanças táticas mais amplas no futebol. O conceito de "lateral voador" ou "ala" se tornou mais comum, com equipes ajustando suas formações para permitir que os laterais tenham mais liberdade ofensiva. Sistemas como o 3-5-2 ou o 4-3-3 com laterais extremamente ofensivos ganharam popularidade em parte graças ao sucesso demonstrado por Roberto Carlos ao longo de sua carreira.
Análise Estatística Detalhada da Carreira Goleadora
Para compreender verdadeiramente quantos gols tem Roberto Carlos e o que esses números representam, é essencial analisar sua produção de forma detalhada. Ao longo de aproximadamente 1.116 partidas em sua carreira, marcar entre 113 e 127 gols representa uma média impressionante de cerca de um gol a cada 8,8 a 9,9 jogos. Para um lateral-esquerdo, essa taxa de conversão é simplesmente extraordinária e demonstra uma consistência ofensiva raramente vista em jogadores dessa posição.
Quando distribuímos seus gols pelos principais clubes de sua carreira, vemos claramente onde ele foi mais produtivo:
- Real Madrid: 67-71 gols em 527 jogos (média de um gol a cada 7,4-7,9 jogos)
- Palmeiras: 18 gols em 186 jogos (média de um gol a cada 10,3 jogos)
- Seleção Brasileira: 11 gols em 125-128 jogos (média de um gol a cada 11,4-11,6 jogos)
- Fenerbahçe: 10 gols em aproximadamente 95 jogos (média de um gol a cada 9,5 jogos)
- Inter de Milão: 7 gols em 34 jogos (média de um gol a cada 4,9 jogos)
- Corinthians: 5 gols em 64 jogos (média de um gol a cada 12,8 jogos)
- Outros clubes: Restante distribuído por União São João, Anzhi Makhachkala e outras passagens
É interessante notar que sua média de gols foi mais alta durante sua breve passagem pela Inter de Milão, onde marcou 7 gols em apenas 34 jogos. Isso mostra que, mesmo em sua única temporada no futebol italiano, Roberto Carlos já demonstrava seu potencial ofensivo excepcional. No entanto, foi no Real Madrid que ele alcançou sua maior maturidade como goleador, mantendo uma média consistentemente alta ao longo de 11 temporadas.
Outro aspecto fascinante é a distribuição temporal de seus gols. Roberto Carlos manteve uma produção ofensiva notável mesmo em idade avançada para os padrões do futebol. Aos 34 anos, quando se transferiu para o Fenerbahçe, ainda conseguiu marcar 10 gols em duas temporadas. Mesmo aos 37 anos, quando retornou ao Brasil para jogar pelo Corinthians, marcou 5 gols e foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Brasileiro de 2010 pela CBF e pela Revista Placar.
As Assistências e Contribuições Além dos Gols
Embora o foco deste artigo seja responder quantos gols tem Roberto Carlos, seria injusto limitar sua contribuição ofensiva apenas aos tentos marcados. O lateral brasileiro era também um excelente criador de jogadas, com assistências precisas que resultaram em inúmeros gols de seus companheiros de equipe ao longo dos anos.
No Real Madrid, por exemplo, muitas das conquistas da era dos Galácticos contaram com assistências cruciais de Roberto Carlos. Suas cobranças de lateral eram lançamentos perfeitos que constantemente geravam chances perigosas. Um exemplo icônico foi na final da Liga dos Campeões de 2002 contra o Bayer Leverkusen, quando seu lançamento milimétrico da defesa encontrou Raúl para o primeiro gol. Posteriormente, no mesmo jogo, seu cruzamento preciso após uma arrancada pela esquerda resultou no histórico voleio de Zinédine Zidane, considerado um dos gols mais bonitos da história da competição.
Suas cobranças de falta, mesmo quando não resultavam diretamente em gols, criavam rebotes e oportunidades secundárias que frequentemente terminavam em tentos. A potência de seus chutes forçava goleiros a fazerem defesas incompletas, deixando a bola viva para companheiros oportunistas. Além disso, seus cruzamentos da linha de fundo, após as características arrancadas pelo corredor esquerdo, eram temidos por defesas adversárias em todo o mundo.
Estatisticamente, embora números precisos de assistências não sejam tão bem documentados para períodos mais antigos de sua carreira, estima-se que Roberto Carlos tenha fornecido mais de 100 assistências ao longo de sua trajetória profissional. Somando gols e assistências, sua contribuição direta para mais de 220 gols em sua carreira demonstra o impacto ofensivo verdadeiramente excepcional de um jogador que, em teoria, deveria estar focado primordialmente em defender.
Títulos Conquistados: Os Gols que Fizeram a Diferença
Os gols de Roberto Carlos não foram apenas números estatísticos, mas contribuições diretas para conquistas coletivas de enorme importância. Ao longo de sua carreira, o lateral brasileiro acumulou um dos currículos mais impressionantes do futebol mundial, com títulos em praticamente todas as competições de destaque que disputou.
Pelo Real Madrid, seus gols e assistências ajudaram o clube a conquistar:
- 4 Campeonatos Espanhóis (La Liga)
- 3 Ligas dos Campeões da UEFA
- 2 Supercopas da UEFA
- 1 Copa Intercontinental
- 1 Mundial de Clubes da FIFA
- 3 Supercopas da Espanha
Pela Seleção Brasileira, participou de conquistas históricas:
- 1 Copa do Mundo (2002)
- 2 Copas América (1997 e 1999)
- 1 Copa das Confederações (1997)
- 1 Torneio Pré-Olímpico (1996, medalha de bronze)
Pelo Palmeiras, contribuiu para:
- 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994)
- 2 Campeonatos Paulistas (1993 e 1994)
- 1 Torneio Rio-São Paulo (1993)
Muitos desses títulos contaram com gols decisivos ou assistências cruciais de Roberto Carlos em momentos determinantes. Seja marcando um gol de falta importante em uma semifinal, seja fornecendo a assistência para o gol do título, sua presença constante em momentos decisivos foi uma característica marcante de sua carreira. Isso demonstra que seus gols não eram apenas estatística, mas verdadeiras contribuições que mudavam o resultado de partidas e competições.
Reconhecimentos e Prêmios Individuais pela Performance Ofensiva
A capacidade goleadora e a contribuição ofensiva de Roberto Carlos não passaram despercebidas pela comunidade futebolística internacional. Ao longo de sua carreira, ele recebeu diversos reconhecimentos individuais que destacavam não apenas suas qualidades defensivas, mas especialmente seu impacto ofensivo excepcional.
Entre os principais prêmios e reconhecimentos recebidos, destacam-se:
- Melhor Lateral-Esquerdo do Mundo pela UEFA (2002 e 2003): Prêmio que reconhecia sua superioridade absoluta na posição durante aquele período.
- Vice-colocado no Ballon d'Or (2002): Ficou atrás apenas de Ronaldo na disputa pelo prêmio de melhor jogador do mundo, reconhecimento extraordinário para um lateral-esquerdo.
- Seleção Ideal da Copa do Mundo (2002): Eleito pela FIFA para o time dos melhores jogadores do Mundial do Japão e Coreia do Sul.
- Melhor Lateral-Esquerdo do Brasileirão (2010): Mesmo aos 37 anos, foi eleito pela CBF e pela Revista Placar como o melhor da posição no campeonato nacional.
- Três vezes no FIFPro World XI: Eleito pelos próprios jogadores profissionais como um dos melhores do mundo em sua posição.
Esses reconhecimentos refletem como sua capacidade ofensiva diferenciada, incluindo seus gols espetaculares, elevou o padrão do que se esperava de um lateral-esquerdo. Roberto Carlos não era apenas um bom defensor que ocasionalmente marcava gols; ele era reconhecido como um dos melhores jogadores do mundo, independentemente da posição, em grande parte devido à sua contribuição ofensiva excepcional.
Comparação com Outros Laterais Goleadores
Para contextualizar melhor quantos gols tem Roberto Carlos e o que esses números representam, é interessante compará-los com outros laterais que também se destacaram ofensivamente ao longo da história do futebol. Essa comparação ajuda a dimensionar o quão excepcional foi sua produção goleadora.
Entre os laterais mais ofensivos da história moderna, alguns números de destaque incluem:
Dani Alves: Aproximadamente 55-60 gols em mais de 900 jogos profissionais, com uma média próxima de um gol a cada 15 jogos. Embora tenha sido extremamente prolífico em assistências, sua produção de gols foi significativamente menor que a de Roberto Carlos.
Marcelo: Cerca de 40 gols em aproximadamente 700 jogos pelo Real Madrid e outros clubes. O brasileiro que seguiu os passos de Roberto Carlos no Real teve uma média de aproximadamente um gol a cada 17,5 jogos.
Cafu: O lendário lateral-direito brasileiro marcou cerca de 15 gols em toda sua carreira, com média bem inferior à de Roberto Carlos, demonstrando que mesmo entre os maiores laterais brasileiros, Roberto Carlos se destaca ofensivamente.
Ashley Cole: Um dos melhores laterais-esquerdos da Inglaterra marcou apenas cerca de 10 gols em toda sua carreira profissional.
Philip Lahm: O capitão alemão, considerado um dos melhores laterais de sua geração, marcou aproximadamente 15 gols em sua carreira.
Esses números demonstram claramente que a produção ofensiva de Roberto Carlos estava em um patamar completamente diferente. Marcar mais de 120 gols como lateral-esquerdo é uma façanha que provavelmente não será igualada tão cedo no futebol mundial. Sua média de um gol a cada 8-9 jogos é simplesmente extraordinária e estabelece um padrão que pouquíssimos laterais na história conseguiram sequer se aproximar.
O Legado dos Gols de Roberto Carlos no Futebol Moderno
O impacto dos gols de Roberto Carlos no futebol moderno vai muito além dos números individuais. Sua trajetória estabeleceu um novo paradigma para laterais em todo o mundo e influenciou gerações de jogadores e treinadores. Hoje, quando vemos laterais marcando gols regularmente em competições de elite, estamos testemunhando o legado direto do que Roberto Carlos construiu durante sua carreira.
No futebol contemporâneo, a posição de lateral-esquerdo se transformou dramaticamente. Clubes de elite ao redor do mundo agora investem fortunas em laterais que possam contribuir ofensivamente tanto quanto defensivamente. O perfil ideal de um lateral moderno inclui velocidade, resistência física para cobrir todo o flanco, capacidade de cruzamento e, crucialmente, habilidade de finalização. Essas características todas eram personificadas por Roberto Carlos.
Táticas modernas como o "sistema de três defensores com alas" ou formações com laterais extremamente avançados devem muito ao sucesso que Roberto Carlos demonstrou ao jogar de forma tão ofensiva. Treinadores perceberam que, com as habilidades certas, um lateral poderia efetivamente funcionar como um meio-campista ofensivo ou até mesmo como um ponta, sem comprometer significativamente a solidez defensiva da equipe.
Além disso, suas cobranças de falta espetaculares inspiraram uma geração inteira de jovens jogadores a desenvolver essa habilidade específica. Hoje, vemos jogadores de todas as posições praticando cobranças de falta com efeito, tentando replicar a famosa "folha seca" que Roberto Carlos executava com maestria. Seu legado não está apenas nos 127 gols que marcou, mas na mudança fundamental que promoveu na forma como o futebol é jogado e compreendido.
FAQ - Perguntas Frequentes sobre os Gols de Roberto Carlos
Quantos gols Roberto Carlos marcou na carreira? Roberto Carlos marcou entre 113 e 127 gols ao longo de sua carreira profissional, dependendo da fonte consultada. A diferença ocorre porque algumas fontes contabilizam apenas jogos oficiais, enquanto outras incluem amistosos e partidas comemorativas. O número mais aceito é de aproximadamente 127 gols em 1.116 partidas.
Quantos gols de falta Roberto Carlos fez? Roberto Carlos marcou 38 gols de falta durante toda sua carreira, representando aproximadamente 30% de seus gols totais. Essa marca o coloca entre os maiores cobradores de falta da história do futebol mundial.
Qual foi o gol mais famoso de Roberto Carlos? O gol mais famoso de Roberto Carlos foi marcado em 3 de junho de 1997, em um amistoso contra a França pelo Torneio da França. A bola fez uma curva impossível, atingiu 137,2 km/h e deixou o goleiro Barthez completamente sem reação. Esse gol é considerado um dos mais espetaculares da história do futebol.
Quantos gols Roberto Carlos marcou pelo Real Madrid? Pelo Real Madrid, Roberto Carlos marcou entre 67 e 71 gols em 527 jogos oficiais, dependendo da fonte. Essa foi sua fase mais prolífica como goleador, estabelecendo uma média impressionante de aproximadamente um gol a cada 7,5 jogos.
Quantos gols Roberto Carlos marcou pela Seleção Brasileira? Roberto Carlos marcou 11 gols em aproximadamente 125-128 jogos pela Seleção Brasileira, participando de três Copas do Mundo e conquistando o pentacampeonato em 2002.
Roberto Carlos marcava gols de cabeça? Muito raramente. Apenas três gols de Roberto Carlos em toda sua carreira foram marcados de cabeça. Um deles aconteceu quando jogava pelo Fenerbahçe, contra o Sivasspor, em 2007. Seus pés, especialmente o esquerdo, eram suas armas principais.
Qual a velocidade do chute de Roberto Carlos? O chute de Roberto Carlos podia alcançar velocidades superiores a 140 km/h. No famoso gol contra a França em 1997, a bola atingiu 137,2 km/h. Essa potência extraordinária, combinada com efeito impressionante, tornava seus chutes praticamente impossíveis de defender.
Roberto Carlos foi o lateral que mais marcou gols na história? Roberto Carlos é amplamente considerado o lateral-esquerdo que mais marcou gols na história do futebol profissional. Pouquíssimos laterais, de qualquer lado, conseguiram se aproximar de seus números ofensivos, tornando-o único nesse aspecto.
